Workshop/Oficina/Aula Prática
Tanto workshop quanto a oficina quanto a aula prática podem ser definidas como uma atividade orientada a aplicação prática de um conceito ou tema. O foco é a aplicação da teoria, mas esta pode ser trabalhada através da prática. É o conceito do “hands-on” comum na área de computação.
Podemos definir, primeiramente, que as oficinas são utilizadas em diferentes contextos, tais como: movimentos sociais; em reflexões sobre temas; em programas de promoção e prevenção, dentro do patamar de saúde, além de outros campos relacionados ao setor social (apud Afonso, 2006; Lyra et al., 2002; Paiva, 2000; Silva, 2002). Ela pode ser considerada como uma estratégia que visa o exercício ético e político, nesse sentido, percebe-se que ela é criada em um contexto, ao qual criamos material para análise e espaço para discussões construtivas. Em suma, podemos afirmar que uma oficina é um espaço social que permite discussões, neste sentido surgem espaços que proporcionam troca de experiências e construção de conhecimento de forma dinâmica.
Segundo Ressel (et al., 2008) uma oficina é uma estratégia que proporciona uma troca dialógica e uma construção de sentidos. Nesse sentido a Oficina foca em situações onde o existam os conceitos de sentir-pensar-agir, pois dessa forma é possível incorporar a ação e a reflexão. A finalidade de uma Oficina em si é a articulação de conceito vivenciadas pelo participante ou aprendiz e a construção coletiva de conhecimento.
A IMPORTÂNCIA DAS AULAS PRÁTICAS DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL.
Uma aula prática pode ser definida como uma aula que permite a interação entre o aluno e materiais relacionados ao contexto, que segundo Franciele Bartzik e Leiza Daniele Zander apud VASCONCELLOS tal interação leva a novos conhecimentos. Com tal contato o aluno começa a receber o chamado conhecimento científico adquirido através dessa experimentação.
Diferente de uma aula convencional, onde o professor é atuante e o aluno apenas recebe muita informação, em uma aula prática o aluno recebe o conhecimento e aplica o mesmo no objeto de análise. Com isso, é possível que o aluno descubra o sentido da atividade e o conhecimento que será adquirido com tal aplicação.
O principal objetivo de uma aula prática seria o aprimoramento do conhecimento científico, pois no passado os alunos recebiam conhecimento, mas não sabia como aplicá-los. A maior representatividade da importância de uma aula prática pode ser observada no Artigo 35 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o qual refere, em termos gerais, que deve existir sim uma relação entre teoria e prática dentro do contexto de ensinagem de cada metodologia. Vale ressaltar aqui que para João Edison Berleze apud Frota Pessoa (1982) uma aula prática não deve ser apenas uma comprovação do que o professor disse, mas sim, deve ser responsável por levar o aluno a ter uma reflexão sobre o tema.
SENTIDOS DO TRABALHO: REFLEXÕES A PARTIR DE UMA OFICINA VIVENCIAL DESENVOLVIDA COM JOVENS .
A experiência desenvolvida com a oficina contou com a presença de 11 jovens com foco sobre o significado e os sentidos do trabalho. A proposta consistia em trabalhar com 03 temas: O que é trabalho, Contexto atual do trabalho e Centralidade do trabalho. Para cada tema haveria um coordenador e outros 2 profissionais que ficaram de suporte.
Dentre esses 11 jovens, temos 9 estudantes universitários, um aluno do ensino médio e uma professora de educação física. Primeiramente, pediu-se que os participantes escolhessem um cartão com profissões imaginárias ou que eles criassem uma profissão, após esse passo eles deveriam caracterizar como trabalho, emprego ou profissão sua escolha. Consequentemente, foi proposta uma reflexão do que é e do que deveria ser trabalho e emprego. Observou-se que os alunos valorizavam mais o termo trabalho em contrapartida ao termo emprego.
A segunda etapa consistiu em refletir sobre a forma como o trabalho almejado poderia ser inserido no contexto atual. Nessa parte, os participantes deveriam dizer qual profissão eles escolheriam e como realizariam a mesma. Já a última etapa consistiu em reflexões sobre como o trabalho está envolvido em novas vidas diárias, para isso foram criados 10 círculos, que foram dispostos no chão em 5 colunas de 2 pares, sendo 1 círculo que representava a vida pessoal e o outro a vida profissional. A medida que seguia o caminho dos círculos, eles iriam se sobrepondo, até que se encaixavam perfeitamente, o artigo quis trazer com isso a ideia de que trabalho e vida pessoal se unem em um determinando ponto.
Ao final de todo processo, foi possível analisar que alguns participantes deixavam claro sua preferência por ter uma vida pessoal separada da vida profissional, já outros demonstravam o contrário. As autoras afirmam que a utilização da oficina permitiu aos psicólogos compreender problemas, como por exemplo: dificuldades de inserção no mercado de trabalho.